Força é física, capacidade "de alterar o estado de repouso ou de movimento uniforme de um corpo material". Na prática, é coação: para impedir que os motoristas corram, construímos um quebra-molas. Para obrigar alguém a fazer algo, apontamos-lhe uma arma.
Poder é hierarquia. O equivalente popular é "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Seu fundamento é a patente: o Chefe, o Superior. A estrutura corporativa garante essa manutenção, conhecida nas corporações como "estrutura em M" - a famosa árvore invertida dos organogramas. Não apontamos um revólver, mas podemos demitir, transferir, impedir uma promoção, escolher outro em detrimento de um.
Liderança é capacidade de influenciar. Depende de carisma, que é o "poder de encantar, de seduzir, que faz com que um indivíduo [...] desperte de imediato a aprovação e a simpatia das massas". A liderança costuma ser valorizada nas corporações, mas isso não é necessariamente uma boa coisa.
Quem olha para o século XX, vê uma quantidade razoável de líderes que trouxeram problemas sérios justamente pela sua capacidade de influenciar pessoas, pelo seu carisma. Gandhi foi líder, mas Hitler e Stalin também foram. Portanto, a liderança não deve necessariamente ser vista como um atributo desejável, pelo contrário: deve-se ter atenção especial aos indivíduos carismáticos, pois podem induzir as pessoas a ações indesejáveis.
Por último, existe a autoridade. Essa sim, um atributo desejável nas corporações. Autoridade é moral, vem da força do exemplo. As pessoas farão o que queremos ou demandamos porque nos veem como exemplo. Um funcionário trabalhará bem porque vê seu chefe trabalhando bem; chegará no horário porque vê que seu chefe é pontual.
A autoridade não segue a hierarquia. Funcionários de menor patente podem ter ascendência sobre a equipe superior à do chefe. Quando quem detem o poder detem também a autoridade, a equipe certamente será melhor conduzida e o clima de trabalho certamente será de melhor qualidade.
eu gosto muito de administração
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