Somos seres racionais? A resposta é não, não somos. Precisamos da razão porque precisamos de um entendimento mínimo do mundo - padrões podem dar, e dão, alguma previsibilidade à existência, sem a qual viveríamos uma realidade de futuro permanentemente incerto em angústia insuportável - e porque precisamos comunicar-nos uns com os outros.
Mas não podemos cometer o erro de imaginar que nossa razão chega, na grande maioria das vezes, a passar da superfície das coisas. E, mesmo quando chega, cometer o erro de imaginar que isso significa uma base de apoio definitiva para a tomada de decisões.
O trabalho dos administradores deve, sim, ser embasado no maior número de dados possível - isso garante um fundamento mínimo sobre o passado e mesmo sobre o presente. Entretanto, é da sua história pessoal, em última análise, que o administrador irá retirar os elementos para sua tomada de decisão. E essa será muito mais intuitiva do que racional.
Não há aqui, nenhum desprezo pelo raciocínio lógico, nem pelo uso de métodos para embasar decisões. O valor cumulativo desses dados para a civilização é inegável. O ponto é que a análise apenas não é suficiente. Pelo contrário, ela é uma parte menor, ainda que muito importante, do processo de tomada de decisões por parte dos gestores.
O nível de pressão a que os administradores são submetidos, justamente por isso, é grande e permanente. A aptidão para trabalhar de forma efetiva por processos intuitivos exige uma postura diante da vida que pode ser definida como coragem. É Chester Barnard quem diz: "Num sentido emocional, talvez seja necessário maior coragem para conjeturar do que para calcular, se alguma coisa importante está em risco, mas, se não houver base para qualquer cálculo, é muito mais inteligente conjeturar do que manufaturar dados por cálculos falsos" (conferência sobre Cyrus Fogg Brackett,em Princeton, 1936).
eu gosto muito de administração
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